quinta-feira, 18 de maio de 2017

Reflexões da madrugada sobre o paradoxo imagem-tempo

Eu ia começar a divagar sobre o relógio, sobre o quanto que ele é precisamente irritante e aprisionante, mesmo que fique no canto da sala... mas aí fui olhar por aqui e percebi que ando assim, meio redundante - como não podemos deixar de ser nos nossos círculos viciosos.

Falei pra ela, uma vez, assim, como quem diz procurando uma espécie de frase de biscoito da sorte para repetir que surtisse algum efeito positivo e momentâneo, ainda que raso: "está terminantemente proibido não fazer algo a respeito da sua própria (in)felicidade".

É.

Também disse para ele que não era seu papel a motivação. E lembrei que falei para d. Encrenca duras palavras quando ela falou sobre sua dificuldade de se sentir motivada.

Eu sinto falta da liberdade. Quase sempre.

Queria me livrar dos meus vícios, mas não sou melhor do que isso. Apesar de querer ser melhor, não posso ser. É duro crescer e conhecer seus limites. Mas, de novo, d. Encrenca escreveu na fucking lousa a lição: "As pessoas não são o que esperamos delas. (Ainda bem!) Elas são só o que elas podem ser.".

Eu sinto falta e tenho medo da morte.

O relógio é,
sempre,
precisamente
irritante.

Temos e não temos tempo. O que vamos fazer a respeito disso tudo?