segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

I try so hard to express myself

...but the woman in me don't fade away.

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Pensando aqui. Pode ser assustador lidar com a exposição. E, para mim, é mesmo. Difícil lidar com a própria imagem e sua conseqüente destruição. Egotrip. Mas entendi que isso é processo necessário de reforma, reconstrução. É nossa constituição biológica a ser aceita. O tempo passa e deteriora. E lidar com a história e com o futuro é um desafio da humanidade, enquanto coletivo, inclusive.

O medo de não saber, o medo de não dar certo. Isso já não me assusta mais e cada um tem sua fórmula secreta para lidar com as incertezas e a dose de mistério do mundo. A gente só é o que pode ser, ela me disse - e eu ouvi. Aprendi algo sobre (mais) capacidade e (menos) controle.

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My mamma say baby be careful
If anybody comes to say I love you
My papa say baby I warn you
If anybody comes to say I love you

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Nada nada é meu. Nem o pensamento.

Aí que as coisas ficam desse jeito... lembranças fora do lugar, medo de retomar qualquer coisa ou uma coisa qualquer, uma demonstração desconsertante, uma provocação abafada, esbarrões daqueles que costumávamos fazer sem querer e de propósito também, frases usando a praga do "quase" e o contato por inteiro. 

Respiro fundo. 

Desabafo com os amigos, que me fazem refletir sobre as minhas obscenidades... como se gostasse de colecionar mini-dramas à toa e fazer metáforas com qualquer folha que cai perto de mim. Como se desse importância demais às coisas pequenas. E aí as estatísticas me assombram (ai as estatísticas), mais de 11 bilhões de pessoas só em São Paulo e o mundo sempre faz seus arranjos de esbarrões e coincidências.

"... mas cheguei à conclusão de que eu não posso acreditar mais na aleatoriedade (no caso me refiro às tantas vezes que nos cruzamos por acaso) do que nas coisas propositais. Eu sei que nem tudo é premeditado, mas as coisas certamente não são despropositadas."

Sem querer, a coisa já veio ao pensamento retomado pela memória. E aquela velha canção fica (me) tocando. E eu não sei o que fazer com isso. E esse papo de fé, a coisa toda da ordem dos eventos. Como faz a cabeça rodar! Me assolam o devir e o dever; como devo me posicionar perante os eventos do mundo? E perante as pessoas?

Pois bem, nada disso importa, pois vou voltar a ver estrelas em nova companhia. E volto para lá tendo me dedicado a me pensar no que eu quero, como me foi proposto (talvez de forma menos disciplinada do que deveria ter sido). Todas as velas foram queimadas, mas sinto que faltam definições, apesar das resoluções e revoluções internas todas. 

E vou prestar atenção sobre viver e se manter no presente, como ele me disse. A nota dele não dói meus ouvidos e sinto coisas boas. Mas a metáfora da pimenta, a idéia antiga e adolescente do "only happy when it rains", a insatisfação e o desejo que nos movem... tudo isso ainda me atormenta, por se tratar de coisas assim, imprevisíveis e aparentemente incontroláveis, de todos os lados e de todos os ângulos.




Eu que não fumo, queria um cigarro...