segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Aquele barco que se perdeu

Está a navegar.

Em mar de águas calmas, o movimento é lento e, às vezes, um tanto arrastado.
O norte é inevitável. 
Porque navegar é preciso, não é mesmo? 
Não vejo a hora de chegar. Tento disciplinar a ansiedade e aproveitar essa viagem.


"Se já conto as horas, os minutos e segundos do meu dia
A vida ainda é desmedida
por mais que ponha em conta os atrasos
e adiantos das partidas

Me transborda a despedida

O cais não é seguro e jamais será
O futuro não consiste em paz

Mas... ainda assim percorro milhas, milhas, milhas
Pelo mundo vou buscando

Uma aventura em mim"




Teko Porã - Prólogo do marinheiro

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Apego

Das piores manias, está inventar e se convencer das coisas que não existem. Aquele sonho alertou. Hoje me dói qualquer ensaio da sua partida. E a vida louca, breve, sempre arranja um jeito de me prender. Toda vez que eu tento construir a liberdade, me percebo numa charada prisional.

Agh.

E eu não escrevo mais, não penso mais, não faço contas. Aposto na ilusão do agora, para esquecer a decepção de ontem e me entorpecer com uma idéia de amanhã.

Tudo passa.