Dos resmungos: não gosto quando gostaria que você estivesse e você não está. Sei que você não gosta também.
Não gostei do abuso emocional que percebi nela. Não gostei quando eu percebi e não gostei da exposição desnecessária.
Do passado: achei graça em encontrá-lo, como sempre, por acaso e sincronizado. Achei graça em sua vontade de fugir. Porque para mim passou. Aí me lembrei daquela palavrinha que me foi atribuída e estou a me preocupar em não ser (mais?) assim. Então na verdade não tem muita graça, é meio triste também.
Achei graça em ter razão e na minha ausência sentida - apesar de não sentir ter partido. Mas acho que vai ser bom para ele ouvir da pessoa certa o que precisa ouvir e vai aprender, de uma forma ou de outra.
Achei graça no seu gosto repentino. Ela estava me dizendo que achava que você não me entendia. Mas você era interessado e esforçado, o que já é bastante coisa. Recado para você: vez ou outra, a gente acha que sabe o que quer, mas a gente descobre que não sabe - e tudo bem. Porque as possibilidades também fazem parte do desejo. E o desejo é assim mesmo, duvidoso, porque gosta de fantasias e disfarces.
As lições: bom, quando ele me perguntou sobre a minha capacidade de escutar o que os outros pudessem me dizer, mais uma vez, serviu.
Dos sonhos: é, foi bem intenso perceber que mesmo se eu tivesse condições de repetir uma experiencia, minha cabeça está em outro lugar hoje - que bom! Por isso quero tomar cuidado para não magoar as pessoas. E tomo cuidado pra que não seja obsessivo. Como disse para ela, o que a gente quer é ser feliz.
Entre o que queremos e podemos existe um longo caminho a ser percorrido, não é mesmo?
Eu acho mesmo que uma mudança de atitude - do impossível ao como chegar lá - é fundamental. Porém, é melhor que você não aposte todas as suas fichas na mudança de comportamento do outro, especialmente quando esse outro tem outras expectativas sobre você e poucas expectativas sobre a mudança nele mesmo.