The arrogant The vain The proud The smart The pure The pervert The crazy The needy The cold The cool The strategist The sensitive The kind The brave The fearful The honest The liar The confused The accured The experienced The creative The bored The active The angry The scary The understanding The careful The dreamer
[All my head, figuring you out. I wonder which one will get you first.]
As dores, a raiva, a frustração. No meio disso, o desafio de lidar com os traumas. A autoafirmação e as tentativas de levantada, de retomada dos pedaços de você mesma que ficaram estilhaçados pela idéia de futuro destruída, pela utopia posta em xeque, pela identidade do presente - que não pode ser a mesma do passado, nem a do futuro, conseqüentemente.
A busca pelas raízes, como ponto de apoio. E o entendimento de que não houve exatamente privação; você sempre esteve no comando, levando o que serve e descartando o que não serve. Priorização, né? Não duvido mais da minha capacidade de julgar o que é importante e urgente. Mesmo identificando o problema do apego. Entendi também que não posso deixar as inseguranças tomarem o espaço das possibilidades de desenvolvimento, de experimentação e de experiência. Cinco segundos de coragem, me disseram. E, ainda que a dominação também seja algo que se desdobre em repulsa, por ser assim, extremamente sedutora, interessante e viciante, não é gostoso se sentir refém. Ainda que seja detestável, do ponto de vista moral, a idéia de se prender alguém, é mais aterrorizador ainda se sentir presa. O contra-ataque do mundo, exigindo que você seja, que fosse ou tivesse sido, mais forte, mais aberta e mais sábia, mais sagaz. Depois jogando na sua cara que você não pôde ser, ainda que quisesse. Te tirando de fraca, de frouxa, de trouxa. Te convencendo de que o jeito é honrar o fardo - firme, forte e cafajeste. Lidar com a fraqueza e com a necessidade de se colocar como variável mais importante na equação das suas decisões. O incremento dos valores e da conduta, a partir do que é considerado importante e admirável. O contra-peso daquilo que não é.
A mágoa e suas estratégias de defesa, ou de ataque - a luta pela autopreservação. A racionalidade tentando bater forte vs. a paranóia enlouquecendo e turvando a visão. O medo e suas barreiras - aquele tipo que pode matar o coração. A culpa. O osso que não se quer largar. As desculpas pra você mesma. A busca pelo conforto, a indefinição dos planos vs. a audácia e a iminência inegável dos desejos. Relutância. As armadilhas psicológicas. Autocontrole e autodominação. Resistência e convicção. Fuga e violência. Se proteger e ter cuidado com o que machuca, provoca, irrita; toca na ferida. Apesar da minha cicatrização ser boa. Apesar de entender que o rancor e a mágoa me afetam e me congestionam, mais do que aquilo ou aqueles que os causaram.
E, por fim, as lições. O encanto do Snoopy. A gente tem sempre o que aprender e o que ensinar pros outros. A ordem do mundo é demasiadamente metafórica, às vezes. Queria contar pra ele que uma das pixações do meu caminho foi apagada. Ainda tem a outra, mas talvez eu não devesse me apegar a ela mesmo. Não entendo porque elas apareceram. Às vezes os enigmas me pegam. Mas, como minha mãe sempre me dizia, tudo a seu tempo. E o que meu pai me dizia serve também, quanto ao momento em que uma porta se fecha, outras acabarem se abrindo. Às vezes o universo nos manda presentes. Às vezes parecem ter vindo sob medida, sob encomenda.
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Meu pai sempre me dizia, meu filho tome cuidado
Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado