segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Oi. Bom dia - pra quem é de bom dia.


Malandragens à parte, venho aqui retomar o conceito aristotélico de justiça. É um conceito para os homens - é preciso, infelizmente, deixar avisado de antemão. A história, meus caros e minhas caras, não é justa. Então melhor trabalhar logo o conceito natalístico de justiça, não é mesmo?

Repito o escrito de 09 de dezembro de 2014: "Veja bem, meu bem. Ponha-se no seu lugar. Melhor e mais difícil pra você: ponha-se no meu lugar.".

--

Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir 

Que a dor não passa

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Satisfeitos? Mais ou menos.



Das promessas que não podemos cumprir, dos desejos para os quais não há gênios ou lâmpadas mágicas e dos argumentos infalíveis que construímos fica o retrogosto do amargo, dos quases otimistas. Qualquer otimismo é sempre traiçoeiro. A doçura se encontra no quase pessimista, o alívio da sorte perante as possibilidades temidas.
--

Todas as iscas que mordemos
Os anzóis atravessados
Nossos gritos
Abafados

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Sorria, você está sendo observado e os "ais"

Ai, a modernidade e seus probleminhas.

Sabe aquela sensação de leveza que sentimos ao nos livrarmos das mensagens e do histórico apagado? Pois bem: é difícil aceitar, mas a história não se resolve com a sua edição, revisão ou omissão dos fatos. Duro, né? Pois é. Testemunhos, testemunhas e conseqüências.

Enquanto coletivo, estamos mais ou menos acostumados com a crítica de que a história é contada pelos vencedores, ou, pelo menos, pelos que detém o poder de contar a versão oficial dos fatos. Porém, enquanto indivíduos, parece que essa brincadeira de expôr e esconder coisas sobre quem se é e o que se faz gera uma falsa sensação de poder ignorar 
os seus probleminhas ou agir como se ou atitudes pouco admiráveis não existissem. Conveniente, né?

O quanto que você mesmo se convence da imagem que constrói para os outros e o quanto que realmente consegue se livrar daquilo que omitiu?


Ai, a consciência. Ai, a hermenêutica.

Ah, mas algo não foge aos olhos do observador atento e sensível, não é mesmo? Sua interpretação sobre o mundo coleciona e correlaciona dados históricos observáveis.


Ai, o padrão de comportamento humano: tedioso, previsível e decepcionante.

E a autorreflexão, como que fica? E os sentimentos atrapalhando e direcionando o seu olhar, pretensiosamente frio e analítico? Despersonalize - ela diz, como se fosse um exercício frequente, sentindo-se calejada e amortecida. E não faz a pesquisa, como se desejasse alimentar suas fantasias impossíveis e improváveis.

Ai, chronic dissatisfaction.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Agradecida, obrigada não.

Das coisas feias, posso dizer que desgosto bastante da ingratidão. Não saber dar valor ao que te oferecem e fazem por você pode te custar a dor da ausência. E é melhor a ausência do que o destrato - bom lembrar. O limite tá sempre ali, na linha do respeito. Cuidado: a segurança da obrigatoriedade dos laços é uma armadilha demasiadamente vulgar pra ser assumida como desculpa da tua falta de tato com os outros.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

And we do take care of ourselves

Os dias e os anos se passam. Nos reinventamos, individual e coletivamente. A cada versão de nós mesmos nascem e morrem pedaços da vida - pequenos e grandes. Às vezes imperceptíveis, n'outras, sentimos muito. E é próprio da instabilidade da natureza a sorte de estarmos, perecíveis que somos. Muito embora também nos peguem as raízes, a geografia, a história das paisagens e boa parte da nossa força esteja ligada às relações de crescimento que cultivamos.

Que possa haver espaço para permanência assim como para a mudança.