Ai, a modernidade e seus probleminhas.
Sabe aquela sensação de leveza que sentimos ao nos livrarmos das mensagens e do histórico apagado? Pois bem: é difícil aceitar, mas a história não se resolve com a sua edição, revisão ou omissão dos fatos. Duro, né? Pois é. Testemunhos, testemunhas e conseqüências.
Enquanto coletivo, estamos mais ou menos acostumados com a crítica de que a história é contada pelos vencedores, ou, pelo menos, pelos que detém o poder de contar a versão oficial dos fatos. Porém, enquanto indivíduos, parece que essa brincadeira de expôr e esconder coisas sobre quem se é e o que se faz gera uma falsa sensação de poder ignorar os seus probleminhas ou agir como se ou atitudes pouco admiráveis não existissem. Conveniente, né?
O quanto que você mesmo se convence da imagem que constrói para os outros e o quanto que realmente consegue se livrar daquilo que omitiu?
Ai, a consciência. Ai, a hermenêutica.
Ah, mas algo não foge aos olhos do observador atento e sensível, não é mesmo? Sua interpretação sobre o mundo coleciona e correlaciona dados históricos observáveis.
Ai, o padrão de comportamento humano: tedioso, previsível e decepcionante.
E a autorreflexão, como que fica? E os sentimentos atrapalhando e direcionando o seu olhar, pretensiosamente frio e analítico? Despersonalize - ela diz, como se fosse um exercício frequente, sentindo-se calejada e amortecida. E não faz a pesquisa, como se desejasse alimentar suas fantasias impossíveis e improváveis.
Ai, chronic dissatisfaction.
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