Por muito tempo, estive preocupada em fazer a coisa certa.
A coisa certa.
Como uma entidade própria, que anda por aí, com seus discípulos. Logo eu, que entendo mais sobre poder e representação do que sobre devoção. Será?
A coisa certa.
E, como uma reflexão de domingo, me pergunto onde está o dispositivo que me faz querer a tal da coisa certa? Quando é que o desejo se desvincula e age como auto-compensação egoísta de um mal causado por outros egoístas? Como o troco que me resta. O que não é egoísta, afinal, na vaidade de se querer "certo"?
Ele disse algo sobre barco sem capitão. E eu no dilema do mar me navegando, eu navegando pelo mar. Das entidades, a minha fica em água doce. Mas eu não tenho fé e é sempre bom lembrar. Desesperadamente me ocupo em ordenar os pensamentos, os desejos. Me pulsa a vontade de tacar fogo em tudo, de sair por aí para ver novas vistas. E um enorme desejo de comprovação da sorte. Essa da qual me esqueço e não deveria abrir mão.
Não. Sim. Talvez. Qualquer coisa. (Que seja certa!)
Eu sinto
ausências
um pouco
das certezas
e outro pouco
dos desejos.
Hoje eu sei o que há em você que não veio de mim. E o que há em mim que não veio de você. Vou me apegar a essas respostas, por enquanto.
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