Natalia, você é o absurdo, ele me disse, uma vez. E houve quem concordasse, à época. Hoje ouvi que preciso me adeqüar, que desse jeito não dá. Que estou a perseguir coisas muito ideais. Sim, não acho que estou perseguindo qualquer coisa material. E que tipo de coisas que não são ideais, ora essa?
Se eu estivesse nadando de fato contra a corrente, quanto tempo demoraria até a exaustão? Sinto que preciso perder a consciência para parar de me debater. Todo esse exercício me cansa. E eu odeio teatro. Não quero fazer nada para me odiar, quero ser gentil comigo mesma, ainda que o mundo insista para que eu deixe de lado meu bom juízo. Meu desejo de justiça. Meu compromisso com o que acredito.
Hoje ela me perguntou se eu realmente queria pedir algo para os tais guias espirituais, pois falei para ela me dar uma dica, em tom jocoso. Não gosto de me sentir só. Ela não gosta que duvide das certezas dela. Eu acho que eu também não.
Ai, os ais. Estou que não [me] caibo.
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