E tudo isso aconteceu muito antes que eu buscasse refúgio em seu pequeno quarto de atendimento. O tempo passou e sua profecia se fez real. Antes de construir qualquer mito sobre mim mesma, eu já passava pela dificuldade trotskiana de não poder ser legitimamente aceita enquanto uma figura de poder e ter de aceitar a submissão ao popular camarada Lenin. Me restavam as análises em confidência, os relatórios detalhados e didáticos, os conselhos e as projeções inevitáveis.
Mas eu sou cética. E portanto os mitos não podem me servir. Nem mesmo aqueles que contamos em segredos a nós mesmos para acordarmos todos os dias em espírito de cumprir qualquer missão, porque não aceito a autoridade da ordem. E eu acho que isso é uma coisa boa - não fazer "o que precisa ser feito" dito por qualquer autoridade que não a minha própria. E muito embora eu confie em mim mesma, De omnibus dubitandum est.
E penso hoje nas estratégias de fuga, nas memórias de carne moída seguidas pelo transbordo das emoções e no fato de que eu nunca mais dancei.
Eu não posso dançar.
Porque não estamos na mesma revolução.
Porque não estamos na mesma revolução.
Music shall be like an old ritual
For the spirit of collective bounding acts
Not a mechanical performance
Either an empty appearance
Made to impress
And to fulfill your own ego
I propose
We burn all the stages
'Cause there's nothing of value that can be shown
in that hierarchical position
If you do not own your speech
You don't earn the mic
I, hereby,
Challenge you
To make me dance again
Set my freedom mode on once more
I won't speak in the fucking mic
Because I don't need to amplify my voice
You can hear me just fine
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