Eu bem me lembro, quando criança, a menina disse que queria viver a vida intensamente e eu disse que isso era falta de responsabilidade. E cá estamos, hoje, abraçando pelo medo ou pela consciência da finitude, cada pequeno segundo à nossa frente.
Se o volume do desperdício material pode ser facilmente mensurado (e, ainda assim, há quem o pratique), como fica o olhar sob o desperdício imaterial?
O tempo, as ausências,
As terríveis consequências
As mudanças, ou não
Os pensamentos em vão
Meus medos
Teus dedos
Co-ordenados
Experienciados
O gosto, as essências
As novas vivências
Tudo.
Menos a falta de possibilidades.
—
E o que será de nós?
Nós
somos o fim
do eu
Mas vai passar
(?)
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