Disse para ele que considerava uma fraqueza ter sentimentos (que não o desprezo ou a raiva) por homens quaisqueres. Tinha raiva de identificar sentimentos em mim também. Disse para ouvir sem se ofender pessoalmente. Sei que é sexista. Disse que deveria ter permanecido sapatão. "Sapatão é resistência antipatriarcal", vem a voz dela na minha cabeça, recitando.
E todas aquelas bobagens no covil terapêutico me fizeram pensar sobre o ressentimento de ter uma vida arruinada ou conseqüências ruins por conta de um homem babaca e sua própria bagagem de merda emocional repassada adiante. Difícil medir o exagero, quando se trata de sentimentos. Mas mais difícil foi matar a imagem imaculada da mulher - eu reconhecia a santa nos outros, mas não em mim. Eu ressentia os efeitos da mulher ressentida também. Ai, as dívidas históricas.
Onde acaba a dor e começa o amor?
Falei para eles da diferença entre ser assertiva e ser violenta, como se estivesse educando sobre o final do ciclo da violência. É difícil. Quero acreditar nessa possibilidade. Preciso acreditar nessa possibilidade.
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