Houve o tempo de buscar inspiração, hoje é preciso ser e assumir essa responsabilidade. Há muito tempo penso em dizer pra ele sobre a responsabilidade que penetrar nos outros requer. Eu não dei permissão para que você mexesse comigo, meu corpo está fechado. E a resposta será apática e violenta. O lugar do meu não-desejo é importante. E do seu também.
E ela me agradeceu por ser faísca. É fôlego. A gente treina pra isso. Mergulha e respira. O corpo só cansa fora da água. E ontem ela disse: "vamo fala". Eu escutei, é bom escutar. Respeito o barulho, respeito o silêncio. Estamos mais tristes do que revoltados. Entendemos o recado. Existe um inimigo, mas ele é demasiadamente humano. E é quase o papel do vilão chateado por não encontrar um rival à altura. É difícil não ser violento. E faz mais parte da humanidade histórias de guerras do que histórias de amor. Precisamos entender melhor a violência. Os gatilhos do medo e da ansiedade.
Sempre tive esse problema com as histórias de amor. Elas não existem. Elas são contos de fada. Elas estão todas erradas. E todas as cartas de amor são ridículas. A verdade é que temos que brigar pelo amor. Toda felicidade se constrói, se acorda. Ela precisa necessariamente passar pelo campo da vontade. E o despertar da vontade não é magia, apesar de gostarmos de nos enganar. O despertar da vontade é ser honesto com você mesmo sobre o que se quer e o que não se quer. É conseguir praticar. É afinar o coro. É a porra do Graal.
Vai pensando... mas vai fazendo também, enquanto tá pensando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário