1. "The day I died was the day I started to live. In my old life, I longed for someone to see what was special in me. You did, and for that, you'll always be in my heart. But what I really needed was for me to see it. And now I do. You're a good man, Tom. But you live in a world that has no place for someone like me. You see, sometimes I'm good. Oh, I'm very good. But sometimes I'm bad. But only as bad as I wanna be. Freedom is power. To live a life untamed and unafraid is the gift that I've been given, and so my journey begins." Catwoman movie (2004). Last line at the last scene.
Não que eu tenha gostado desse filme (e não que eu fique avaliando filmes de super-heróis ou afins). Mas me surpreendeu o fato do filme ser de 2004 e me vir à mente uma citação dele aleatoriamente numa conversa pensando sobre atitudes disciplinatórias. Pesquisando a citação direitinho, achei esse diálogo bacana também:
Catwoman: You like bad girls?
Tom Lone: Only if they like me back.
2. "Todo o homem tem em si um ditador e um anarquista." Paul Valéry
3. "Anarquia, este sonho de justiça e de amor entre os homens…” Errico Malatesta
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Declaro: aqui pulsa um coração anarquista, que preza pela emancipação humana. O desafio é o caminho dessa construção individual e coletiva.
Acredito que, entre o ditador e o anarquista está exatamente a medida em que essa "preza" é forçada a alguém que não a deseja - aqui também esbarramos naquele ponto sobre o perigo de se "vender ideologias". A liberdade tem muito mais a ver com uma conquista do que uma concessão (Princesa Isabel libertou os escravos: MY ASS). E, em se tratando de conquista, requere primeiro desejo, depois desígnio, por fim, design (toma forma).
Curiosamente, mas não tão por acaso, essas 3 palavrinhas fazem parte de origem da palavra "desenho". E curiosamente, mas não tão por acaso também, isso me faz lembrar do paradoxo d@ arqueir@, especialmente depois que me chamaram a atenção sobre o arco e a flecha serem elementos encontrados em praticamente todos os povos da antiguidade. O que isso quer dizer, afinal? Me parece pontuar algo intrínseco ao ser humano: a elaboração e o uso de estratégias para atingir objetivos diversos, sejam de defesa, sejam de conquista.
Estou contigo, mulher-gato, na construção de um caminho de liberdade empoderadora (e é claro que isso vindo de uma mulher é muito mais interessante), menos medo e correndo da domesticação... pelo menos naquele sentido em que a domesticação se caracteriza enquanto a prisão, a falta de equilíbrio entre a vida de um tomada pela necessidade de suprir carências do outro. As relações libertárias podem envolver sim a dominação em termos foucaultianos, desde que busquem valorizar a emancipação mental e física. No fundo, além do anarquista e do ditador, mora um contratualista em mim: se é de total ciência e comum acordo, estão valendo as regras desse jogo.
Sobre aquela utopia, que eu disse que era minha e que eu colocaria onde eu bem entendesse: ela tem muito a ver com o lugar da liberdade na minha vida. Sim, a liberdade é empoderadora... e castradora, ao mesmo tempo. Como já pontuei algumas vezes, acredito que toda liberdade deve ser condicionada para ser aplicável à realidade. Isso quer dizer que só é possível se ser livre dentro de um conjunto de condições. Que liberdade seria essa que me privaria do meu desejo de me prender ou de me soltar?
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F - "(...) o bonde já passou... não continue no ponto esperando ele passar."
Sempre gostei de andar à pé :).
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