faça assim, pegue algumas de suas coisas, bobagens que estejam agora mesmo jogadas à sua volta, que façam ou não diferença no momento (podem ser pedaços de papel rabiscados, fotos, pequenos objetos...) e guarde numa caixa ou numa gaveta. deixe-as lá por um bom tempo, não sei quanto, meses, anos; o suficiente para esquecê-las, para que deixem de fazer sentido (se é que um dia já fizeram).
aí redescubra-as, quase que por acaso. toque-as de novo, como se fossem coisas novas, que tragam lembranças, tragam de novo quem você foi (ou quem você pensou que fosse). sinta cócegas nostálgicas, sensação de vazio e pare pra pensar, na metafísica do mundo e naquela tarde deitado na grama.
queime tudo depois, antes de que possa se reacostumar com elas. veja-as pegando fogo, num arrepio impassível e num sorriso masoquista.
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domingo, 20 de abril de 2008
Não, realmente hoje não estou para seus caprichos. A noite toda é coisa muito longa (vai até o outro dia) e isso irrita!
Se a cidade pega fogo não é problema meu. A angústia é pelo que há da porta pra dentro. Ainda que pouco...
Não é hora de mudar os Móveis de lugar, mas o barulho que eles fazem me deixa melhor. Ainda que preferisse poder dormir.
Não esquenta. Façamos planos para os dias que não virão. Isso é bom. Me faz ousado e inventivo.
Não poderíamos dormir e deixar pra lá?
“A cidade fede, a cidade engorda, a cidade arrota os ossos do ofício”
(O que poderá ser dito sobre o que eu não disse?)
Marcadores: os dias
carbono e amoníaco
"O que eu escrevi não conta. O que eu desejei é tudo."
por um momento tentei lembrar de onde conhecia essas palavras...
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