terça-feira, 7 de julho de 2015

"Eu sou a mulher que não deu certo"


Tem coisas que eu não posso esperar que sejam entendidas. Tem coisas que eu não vou conseguir explicar. Nem por teoria feminista, nem por poesia-desabafo, nem pela psicologia, nem pela filosofia. Eu até tento. Apenas sinto muito. Ou sinto muito por não poder sentir nada, entende? A sensibilidade fica esgotada, amortecida pela adrenalina da resistência. Ou me escapa, nos momentos em que me distraio da dura vigília mobilizada para controlar esses impulsos explosivos - If you are focused, you are harder to reach / If you are distracted, you are available

O problema e a dificuldade em se quebrar o ciclo sem me quebrar e fazendo o meu melhor na contenção dos danos. Apelido de infância. E a vida é breve. E louca, sabemos. Acho que as chaves interpretativas não vieram à tempo. E aí eu me culpo pela minha demora, pela minha falta de sagacidade, pela falta de competência do autocontrole, pela falta de capacidade para resolver as equações complexas. Por não saber o ponto de ataque, o ponto de defesa ou o ponto do equilíbrio. Os 3pontinhos estão sempre em perspectiva com os três ponteiros.

Mas, enfim, queria consagrar que aquele lance sobre os mindfucks é honesto.

[Tempo, esse indomável.]

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Talvez a coisa toda já tenha sido devorada antes de ter sido decifrada.

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