O que concluo de ter tido o adjetivo "furacão" atribuído em seqüência ao meu nome, em combinação ao apelido de "mão de ferro" anos depois é o fato de que eu não tenho mesmo nada de "inha".
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(...sou torto,
não sei dançar
teu tango)
http://carbonoeamoniaco.blogspot.com.br/2014/03/blog-post_190.html
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Aí eu me meti a besta de tentar aprender a dançar à dois. Me lembrou outra coisa importante: existem problemas metafísicos que me atordoam a todo instante.
Pois bem, eu fiz balé quando era criança. Eu gostava bastante! Era um controle sobre o corpo, saltos, piruetas, pliês... bacana. Fazia papéis masculinos no balé também, pra compor as apresentações aos pais. É claro que eu queria fazer o papel da mulher, mas eu sempre fui fortinha, grandinha e sei lá mais o quê ... Ói que louco. Tinha feito um pouquinhozinho de ginástica olímpica antes disso, o que me deve ter me dado maior desenvoltura (acredito).
Bom, nas danças de macho e fêmea mais tradicionais, você sempre tem a porcaria do papel masculino conduzindo o feminino. Aí rola um lance muito difícil pra mim que é me deixar ser conduzida. Eu brinco que é por conta do espírito paulistano "non dvcor, dvco", mas na real é um problema com papéis. Mas enfim, a gente se propõe né? Não vou nem entrar em detalhes. Mas não deu muito certo. E assim que eu fui ficando à vontade, comecei a me irritar e querer rodar e rodar. Eu nem sei conduzir direito, acho que a minha estratégia é girar o outro até ele ficar tonto.
Mas e aí? Vou eu fazer uma aulinha pra aprender o meu papel de conduzida? Eu bem tive a minha fase de ouvir no repeat "Dancing with myself", mas às vezes a gente quer dançar acompanhado, ehehe. De repente, o tango é mais interessante mesmo: um jogo dramático em que hora um conduz, hora o outro, com encaixes e viradas repentinas, movimentos não tradicionais. Rá. Fecho com aquele comentário: "O tango é torto; sua dança é quadrada ;)."
[Ai, vida. Por que tantas metáforas?]
a bailarina de coturno
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