As pulseiras e a tornozeleira
De todas as cores do arco-íris (de todo aquele arco-íris que eu queria que você soubesse que sou também) me restou a vermelha, no pulso esquerdo.
A tornozeleira que você me deu era realmente linda, mas não deixava de ser algo que me prendia uma parte do corpo. Na verdade várias. Você sabe que a memória afetiva é foda e além de eu senti-la me apertando, eu via, porque ela era linda. Ela é linda. Só não me prende mais, O tempo desgastou, porque eu usava todos os dias e, infelizmente, ela foi pro lixo.
--
Mas hoje é dia de celebrar a liberdade de se prender. Celebrar a liberdade, sempre. Conviver com a efemeridade das coisas.
[Eu ainda prefiro admirar a efemeridade das flores vivas às flores de plástico ou de um buquê . As primeiras não morrem e o segundo são flores mortas.]
Nenhum comentário:
Postar um comentário