sábado, 4 de outubro de 2014

Sobre a Karen, que também é Joana e sobre tudo o que é sólido e desmancha no ar

As pulseiras e a tornozeleira

De todas as cores do arco-íris (de todo aquele arco-íris que eu queria que você soubesse que sou também) me restou a vermelha, no pulso esquerdo.

A tornozeleira que você me deu era realmente linda, mas não deixava de ser algo que me prendia uma parte do corpo. Na verdade várias. Você sabe que a memória afetiva é foda e além de eu senti-la me apertando, eu via, porque ela era linda. Ela é linda. Só não me prende mais, O tempo desgastou, porque eu usava todos os dias e, infelizmente, ela foi pro lixo.

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Mas hoje é dia de celebrar a liberdade de se prender. Celebrar a liberdade, sempre. Conviver com a efemeridade das coisas.

[Eu ainda prefiro admirar a efemeridade das flores vivas às flores de plástico ou de um buquê . As primeiras não morrem e o segundo são flores mortas.]

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