domingo, 25 de dezembro de 2016

O troféu

Uma belíssima exibição da sua conquista. Você trouxe ele para festa? O que você pretende fazer com ele, hein? Deixar na estante? Ele junta pó, você sabe. Você tem planos de limpá-lo, de vendê-lo?

Nada disso importa. Sempre que você ou alguém quiser saber sobre sua conquista, está ali, à disposição, para lembrar do campeão que é você. 


E do quanto isso tudo é objetificação e falta de animosidade. Mas não vamos falar sobre isso...

Os troféus inspiram, motivam para novas conquistas. Essa há de ser a função deles.


Ai de mim que sou romântica.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O que eu queria

Eu queria que você me convencesse. Queria não estar convencida. Queria uma fantasia pra eu me perder, pra poder mergulhar, pra admirar. Pra me fantasiar também, talvez. Aquela fé de que as coisas realmente importam. Engraçado como a fé opera das duas maneiras, né? É a desculpa para uma noção de ausência de responsabilidade ou de poder individual travestida de uma ética determinante.

São os meus votos mais sinceros

para 2017.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Aquele barco que se perdeu

Está a navegar.

Em mar de águas calmas, o movimento é lento e, às vezes, um tanto arrastado.
O norte é inevitável. 
Porque navegar é preciso, não é mesmo? 
Não vejo a hora de chegar. Tento disciplinar a ansiedade e aproveitar essa viagem.


"Se já conto as horas, os minutos e segundos do meu dia
A vida ainda é desmedida
por mais que ponha em conta os atrasos
e adiantos das partidas

Me transborda a despedida

O cais não é seguro e jamais será
O futuro não consiste em paz

Mas... ainda assim percorro milhas, milhas, milhas
Pelo mundo vou buscando

Uma aventura em mim"




Teko Porã - Prólogo do marinheiro

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Apego

Das piores manias, está inventar e se convencer das coisas que não existem. Aquele sonho alertou. Hoje me dói qualquer ensaio da sua partida. E a vida louca, breve, sempre arranja um jeito de me prender. Toda vez que eu tento construir a liberdade, me percebo numa charada prisional.

Agh.

E eu não escrevo mais, não penso mais, não faço contas. Aposto na ilusão do agora, para esquecer a decepção de ontem e me entorpecer com uma idéia de amanhã.

Tudo passa.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Das negações, afirmações e possibilidades

Parte I - As garrafas

Ok, vamos falar sobre as garrafas porque tocaram no assunto da obsessão essa semana e eu sinto necessidade de discorrer sobre elas. Penso que elas são a evidência da sombra do vício, do medo da repetição. Remetem ao orgulho e à vergonha. Elas seduzem ou decoram. É difícil conviver com as garrafas porque elas insistem sobre a questão da utilidade e do equilíbrio. Sabe aquela expressão "pisando em ovos"? Vou ressignificar para algo como a convivência com as garrafas.

Parte II - Do que eu percebi sobre o seu incômodo e das lições que posso tirar

Disse para ela sobre seu olhar clínico e fino porque aprecio e considero o diagnóstico. Eu sei que você é meio arrogante e é parte do seu charme. Talvez um dos elementos de identificação. Mas você morre de medo de ser julgado, esse é seu incômodo. Você já tentou julgar de forma... como dizer? Talvez a palavra seja apelativa. Não é exatamente um ponto sobre o qual pretendo te convencer. Mas há razão: eu faço vista grossa e você também justifica sua comodidade. Talk is cheap, my darling. Vale a retomada desse discurso.

Parte III - O texto bonito sobre se permitir


"(...) Permita-se. Porque eu não quero que você tenha essa pressa ao ponto de ajudar com as próprias mãos. Eu quero que você sinta esse prazer que chega aos poucos. E mata tudo que há em volta. E explode os relógios. E chega aos poucos ainda que você ainda não saiba nem quem é pouco e nem quem é lento. Porque você morre. Se você prefere a vida quando se morre um pouco por alguém. Permita-se.

Eu não faço a menor idéia de como esperar você me querer. porque se eu esperar, talvez eu não te queira mais.
Eu não queria ir embora e esperar o dia seguinte. porque cansei dessa gente que manda ter mais calma. E me diz que sempre tem outro dia. E me diz que eu não posso esperar nada de ninguém. E me diz que eu preciso de uma camisa de força. Se você puder sofrer comigo a loucura que é estar vivo. se você puder passar a noite em claro comigo de tanta vontade de viver esse dia sem esperar o outro, se você puder esquecer a camisa de força e me enroscar no seu corpo para que duas forças loucas tragam algum equilíbrio. Se você puder ser alguém de quem se espera algo, afinal, é uma grande mentira viver sozinho, permita-se. Eu só queria alguém pra vencer comigo esses dias terrivelmente chatos."

Não acho que sou uma pessoa de impulsos desenfreados. O meu gostar é pensado, analisado e precisa fazer algum sentido. Tenho me permitido sim e tenho apreciado os dias terrivelmente chatos em que a sua cia me proporciona prazer e conforto. Eu gosto da sua calma, mas, no geral, não gosto de calma. Gosto da urgência (já apontada) de quem vive como se soubesse o tempo que tem para viver. E admiro a virtude de quem sabe escolher e priorizar. A vida é um paradoxo de muitas ou nenhuma possibilidade, planos e desejos.

Vou repetir: é preciso abrir caminhos. Não lhe disse, mas está sugestionado: aquele caminho ainda estou tentando abrir para mim. De repente cruza e acompanha o seu.

Eu não faço a menor idéia de como 
esperar. 

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Bom conselho


Queria o silêncio.

Esse mesmo.

Estou refugiada dos questionamentos - sejam eles sinceros ou não.

Tenho saudade da fome de mundo, eu acho. O que me incendiava antes hoje já não me incendeia mais. E eu sinto falta do fogo. Mas não dentro dessa alegoria pobre e vulgar... sinto saudade daquela lareira na sala. Algo assim. Acho difícil de entender.

Não é justo o que eu vou dizer, mas me sinto vendendo meu tempo. E não tenho comprado nada há algum tempo. O que isso quer dizer, né? No que vale a pena investir, se não na idéia de se comprar mais tempo?


Desejo remoto. É sempre aquele paradoxo.



Venha se queimar.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Sonhos & vibes erradas



Acendi todas as velas. Pensei no que eu quero. Passei e repassei a lista.

Olho para trás, pra frente, pro lado, pra cima, pra baixo. Pra dentro e pra fora. Os sonhos tortos nunca me deixam, ainda que se espacem. É o canto escuro, é o acúmulo do pó. A constante inevitável e remota. O velho sentimento de que se está tudo dando certo, algo de muito errado há por vir. Aquilo que você não percebeu. Porque a felicidade é bolha de sabão; aprendemos. A paz de espírito é um sentimento de equilíbrio delicado. Quanto custa?

A palavrinha bonita é "efemeridade". Como a vida. Demora e vai rápido. 
Me deixa estar que eu te deixo passar.
Oh, those painkillers...
Just swallow.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Dois anos depois do papelzinho

Não. 

Ainda não me livrei de tudo que eu queria me livrar, ainda não fiz todas as mudanças que me propus a fazer. E o mais complicado de admitir: ainda não consigo te entender como a parte irrelevante do meu mundo. Cada alfinetada ainda me pinica, ainda que já tenham sido exageradamente rasgos dramáticos.

E isso não tem nada a ver com o que tem acontecido de bom. É sério, fico feliz, mas não atribuo nada à sua ausência, pois sei que sempre fui o que queria ser com você. E achava que você também, né? 


(Suspiro)
Não vou divagar mais uma vez sobre quem é mais teimoso. (O ego ou o coração?)

Bom. Big boss tinha dito que eu não precisava jogar tudo que planejava pra nós fora, porque talvez eu quisesse aquilo para mim ainda. Demorou, mas vejo semente de razão. Ainda invejo as pessoas com problemas de memória. Mas gosto da energia criativa que tem sido possível pulsar por aí. 


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Sobre as coisas que tiram paranoicamente a minha paz, ele me disse que elas apenas existem. Ele me traz (c)alma.

 

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Massas, volumes e composições



Mais ou menos denso - o conceito acaba envolvendo questões de ocupação física. Como controlar a densidade? Existe algo de muito complexo na relação entre sua própria massa e seu próprio volume. E eu nem estou entrando na questão da densidade relativa, mas acho que fica claro que tem todo um universo de coisas e pessoas ao teu redor.

O tal do líquido azedo inevitavelmente tem algo que ver com o potencial de hidrogênio e sabe-se que a acidez empobrece as formas de vida. Na doação e recepção de prótons existe algum balanço e alguma dinâmica na vida. A minha e a sua energia dependem das condições do meio e das trocas.

Estamos compondo a todo o tempo.



segunda-feira, 20 de junho de 2016

sexta-feira, 17 de junho de 2016

A tal da disciplina e a base do autocoaching

Muito bem, subindo o nível da autocrítica: quantos objetivos você traçou pra você mesma e quantas desculpas você criou para não atingi-los ou postergá-los? 

Você quer mudar de vida? Faça por onde. Você sabe o que tem que fazer: planos, metas, monitoramento e disciplina. Quer culpar o descompasso da vida? A ausência de facilitadores? Muito bem, agora encare o espelho e veja que voltou pro seu lugar de conforto. Está confortável com essa imagem? Não deveria. Não espere nada de ninguém que não de você mesma. Essa é a atitude que te leva pra satisfação. E você tem tido muita fome, muita sede, muito resmungo e pouca satisfação, não é mesmo?

Estava me perguntando coisas banais do tipo: como eu saio desse corte de cabelo? Como saio desse círculo vicioso? Ah, menina-moça... no fundo você sabe que a caminhada é dura, sempre. Às vezes um atalho só te faz dar mais voltas e chegar muito atrasada. O que fortalece, fortalece. O que é desperdício de energia é apenas desperdício de energia. Conte com os erros, dentro da margem. Faça e refaça as contas. Avalie. Stick to the plan. Reformule e não se omita.



Vou falar de novo: não se omita.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

To love and to treat me right

Pensando aqui no que isso significa, no final das contas. Identifico a vontade de mais, a insatisfação e a urgência. Gostaria não precisar analisar, retorcer e justificar pra mim mesma que isso não é aquilo, que existe uma carência A que se transforma numa expectativa B, etc. Não gosto de cometer injustiças, nem comigo mesma. Sei que faz parte da autocrítica esse movimento pendular dos argumentos, mas me pergunto pra que lado essa balança realmente pesa.

Ai, as dores

Dói aquela sensação de não ter ninguém pastoreando meu bem estar. Dói saber e sentir falta de reciprocidade na maneira como eu amo e trato as pessoas. Dói me refutar também na perspectiva de que esse pensamento pode estar distorcendo tantas boas energias que me fazem sentir no fluxo das conspirações do universo a meu favor. Dói ter aquela música ainda tocando na minha cabeça me aconselhando a nunca mais me entregar feito criança.

Eu sei que meus pais se sentem desamparados também e eu me sinto péssima por não poder mais ser essa peça que falta. Não posso porque o limite disso é o meu bem-estar, é a minha saúde emocional e psicológica. Infelizmente eles não são bons em observarem isso por mim já há muito tempo e eu tive que passar por um processo com meu pai e agora estou passando um processo com a minha mãe. Brigar sutilmente por respeito. 
Brigar bravamente por respeito. Brigar por justiça e por respeito. Brigar, brigar, brigar. É desgastante.

E já me doem as dores deles, como minhas hoje, além dos problemas que sempre ocuparam minha cabeça. Dói pensar que eles perderam os pais e me dói muito mais lembrar que já de criança pensava que a morte era resposta de sorte para problemas da vida, pois resultaria numa ausência de dores constantes. Dói. E eu queria honestamente conforto e sossego. Não consigo imaginar - retomando o título aqui - uma relação afetiva que me permita uma boa tratativa, amor, conforto, amparo, carinho, preocupação sem esse papel maldito de orientadora e resolvedora de problema dos outros. Não sinto reciprocidade e isso é uma merda, porque não quero cobrar ninguém, mas sinto que sempre tem fiado dos outros na minha conta. Pronto, falei.

Eu sinto falta de algo que não existe e que talvez nunca tenha existido na forma em que eu anseio. Mas traz algum sabor à boca, algum cheiro familiar, um conforto e um amparo. Conversando com TC, ela me falou do sentimento de culpa constante. Sim, ela está fazendo terapia e toda a coisa paralela sobre as nossas histórias me faz pensar muito, sempre. Talvez por isso que tenha ficado mais à flor da pele ainda depois de ter jantado com ela na sexta.

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Parei, olhei umas fotos no facebook das minhas últimas viagens. Foi exatamente assim que a janta com TC terminou. Tenho tempo só pra ser feliz.


sexta-feira, 10 de junho de 2016

Sonhos malucos

Campos de capricórnio, pirâmides, avaliações EM cervejas e muitos recados espalhados. Como será que minha cabeça tem organizado os eventos do mundo?

Procurei muito. Não achei.

O nome disso é dormência e passa com o acerto da circulação.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Sirva-se


Se for de bondade
O gole dado na cachaça
Vai ser para agradecer

Sem que eu invente outras formas de amar, a vida segue seu movimento de estímulos e prazeres.

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Lembrei dele. Acho que foi um moletom que eu vi na rua. Lembrei dela, porque vem num adendo sempre. Ainda me alfineta o que ela disse sobre ser obsessiva.

Pensei nos passos mais recentes, pedi que ele me ajudasse com os cantos obscuros e estou mais tranquila. Sim, porque a velha sensação de que o universo conspira a meu favor parece ter voltado. E tenho testemunhado que meus esforços em não me deixar na mão têm procedido, rs. Achei dez reais no bolso e posso agradecer ao meu eu do passado por algumas outras ações também! Hehe.

Estou pensando aqui na notícia chocante mais recente. "Abraços que salvam", escrevi pra ele. Escrevi tentando talvez trazer algum conforto e elogio à quem deve estar passando um perrengue que eu talvez nunca saberei do que se trata. Me vieram boas lembranças, chorei bastante. Veio culpa, por não ter estado e a idéia recorrente de que sou super-herói e tenho o poder de evitar grandes catástrofes. Na verdade, de todas as lembranças boas, me veio na memória uma sensação bem ruim.


Não sei dizer porque eu tive aquele surto de falta de confiança na praia... será que eu senti maldade? Será que foram meus preconceitos? Será que foi uma espécie de curiosidade e de vontade que por questões éticas me fizeram tomar precauções? Bem, essa última possibilidade me deixa mais tranquila comigo mesma. É provável também, considerando outros eventos. Mas não posso me deixar de me questionar sobre que imagem isso passou para ele. Às vezes nossos preconceitos ferem as pessoas e nem sabemos a proporção disso - é real. E às vezes quem está acostumado com um estigma já encara de pronto a coisa toda numa fórmula antiga. É claro que nunca tive a intenção de magoá-lo.

Bom, fora isso, o medo acredito que joga a dança das cadeiras com a empolgação da novidade e do desafio :). Tenho gostado das mudanças que a vida tem me proporcionado experimentar. Me sinto num bom caminho! E gosto das companhias.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Sustenta a pisada

Negligência

Substantivo feminino que dependendo do contexto pode ter diversos sentidos. Do latim “negligentia”, que expressa falta de cuidado, desatenção ou preguiça.


Negligência significa desleixo, descuido, falta de zelo, falta de aplicação ao realizar determinada tarefa, é agir com irresponsabilidade ao assumir um compromisso.

Negligência significa desatenção, menosprezo, desdém. É o ato de depreciar, de não dar a algo o seu devido valor.

Negligência é também a demonstração de preguiça, de indolência e de inércia, é a falta de iniciativa.

Na área jurídica, negligenciar é o ato de omitir ou de esquecer algo que deveria ter sido dito ou feito de modo a evitar que produza lesão ou dano a terceiros.

Negligência, imprudência e imperícia

Negligência não é sinônimo de imprudência e nem de imperícia. Enquanto negligência é o ato de se omitir, de agir de forma desleixada, desatenciosa, imprudência é o ato de agir de forma precipitada, de não ser comedido nem ser moderado.

A imperícia é a falta de habilidade para praticar determinados atos que exigem certo conhecimento na área, por exemplo, dirigir sem ter tirado a carteira de habilitação é praticar uma imperícia.

Fonte: http://www.significados.com.br/negligencia/


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Em termos econômicos, estou certa de que compreensão é um fator de (auto)depreciação.

https://soundcloud.com/modo-de-usar/c-tia-de-fran-a-sustenta-a

domingo, 24 de abril de 2016

Sobre a minha paciência

Causo #1

A difícil liberdade que eu não te dei e que você irritantemente insistiu em tomar. 


Confiança é uma faca de dois gumes - saiba o que está sob risco e pra onde aponta o corte.

Causo #2

Entender... eu entendo, aceitar... não aceito. Espero apenas o razoável. Essa linha está na sua capacidade de empatia e na nossa (suposta) correspondência de parâmetros.

Causo #3

You can look, but don't you dare try to touch.

(Ainda) Sobre o direito de olhar vs. o direito de se sentir incomodada com a olhada.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

O peso da gravidade

21 de abril de 2016 e nada me conforta.

A louça está na pia, os deveres estão listados e nada me inspira ao movimento otimista.

Brevemente fiz um esforço para expôr meus velhos hábitos, meus vícios e medos, no intuito de reconhecer o toque de carinho que me tem sido dedicado. Eu me importo e aprecio muito, mas nada me conforta, nada me inspira, nada me move. Nem a idéia de que a vida é curta, de que eu deveria seguir com o plano, de que eu poderia fazer novos planos, de que eu deveria ser forte e abraçar um movimento de contracultura e resistência.

É tudo muito diferente do que eu tenho me orientado, mesmo nas pessoas mais próximas. Qualquer coisa me deprime e dormir me traz dor. Tenho fome, mas nada preenche esse espaço. Falta tudo, nada adianta. Estou acoada. Não me acostumo. Não aceito. Não há motor, não há caminho e não há impulso. Acho que preciso hibernar por um tempo.

E é isso.

terça-feira, 29 de março de 2016

Resiliência




Significa voltar ao estado normal, e é um termo oriundo do latim resiliens. É
 a capacidade de voltar ao seu estado natural, principalmente após alguma situação crítica e fora do comum.

Resiliência Ambiental: A aptidão de um determinado sistema que lhe permite recuperar o equilíbrio depois de ter sofrido uma perturbação. Este conceito remete para a capacidade de restauração de um sistema. A noção de resiliência ambiental ficou conhecida a partir de 1970, graças ao trabalho do famoso ecologista canadiano C. S. Holling.

Resiliência na Psicologia: A capacidade de uma pessoa lidar com seus próprios problemas, vencer obstáculos e não ceder à pressão, seja qual for a situação. A teoria diz que resiliência é a possibilidade do indivíduo de tomar uma decisão quando tem a chance de tomar uma atitude que é correta, e ao mesmo tempo tem medo do que isso possa ocasionar. A resiliência demonstra se uma pessoa sabe ou não funcionar bem sob pressão.

Resiliência na Física: A propriedade dos materiais que acumulam energias, quando são submetidos a situações de estresse, como rupturas. Esses materiais, logo após um momento de tensão, podem ou não ser danificado, e caso seja, se ele terá a capacidade de voltar ao normal. Consiste na resistência que os materiais apresentam quando são expostos a um choque ou percussão. É medida em quilogrâmetros por centímetro quadrado (kgm/cm2) através do instrumento conhecido como pêndulo Charpy, no qual uma massa pesada cai sobre uma proveta de dimensões padronizadas, o que provoca a sua ruptura e a energia absorvida é registrada.

Resiliência na Administração: Faz parte dos processos de gestão de mudanças. Para as pessoas que trabalham nas organizações, elas devem ter um grande equilíbrio emocional, principalmente, para saber lidar com os problemas relacionados com o trabalho, quando as situações não ocorrem como elas esperavam. Além disso, a resiliência diz respeito à capacidade de tomar medidas que minimizam os problemas que surgem no contexto laboral.

[http://www.significados.com.br/resiliencia/]

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Dicionários à parte, é bom procurar o caminho da resiliência. Shit happens. E outra, também não adianta ficar só dentro do quadrado do controle, porque o imprevisível sempre vai atrapalhar seus planos e é melhor você aprender a lidar com isso, ainda que as probabilidades sejam baixas.

É bom se deixar surpreender, mas não é bom se deixar enganar, não é mesmo? Estar aberto às possibilidades do mundo não significa ausência de análise e crítica. Ou de precaução, cuidado. E as expectativas têm conversas inevitáveis com o sentido das ações. "Existe um abismo grande entre o que se fala e o que se faz", diz o BNegão.

Meu chefe dizia: pense, planeje e execute. Não que haja a necessidade de ser um processo individual, mas iniciativa e manutenção do plano acabam sendo sua responsabilidade mesmo. O ponto é que não completar esse processo é apenas desperdício de tempo e de energia. E acho que vale revisar e avaliar também, sempre.

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"You think like a whip on a horse's back
Stretched out to the limit you make it crack
Send that horse round and round the track (...)"

sábado, 12 de março de 2016

Sobre raízes e gavetas

Mexi naquela terra sem a certeza de que estava fazendo da maneira correta, mas entendendo a necessidade de intervenção. Foi meio instintivo. Você sabe, às vezes os confinamentos artificiais se tornam sufocantes para a vida que se pretende expandir. 

Os vasos e as plantas constituem boas metáforas a respeito do comportamento humano. E há matéria que se condicione de verdade, pensando nos bonsais ou em corpos alterados por insistência de confinamento constante. Somos adaptáveis e buscamos alternativas. Até o ponto em que a vida não é mais possível. E o tempo ou as condições disso são muito variáveis.

A natureza é boa para nos contar sobre renovação, sobre ciclos, relações entre espécies e com o meio. Ela é o meio, ou a somatória de seus elementos. Enfim, mas os vasos... eles são micro-reproduções. Aí quando a planta fica sufocada, é preciso oxigená-la e você teme matá-la por completo, na tentativa disso. É complicado, porque não deixa de me ocorrer que você está fazendo um exercício de ok, criar uma vida e cuidar dela, proporcionando sua existência, mas, ao mesmo tempo, limitando seu potencial de liberdade. Maluco.

As gavetas, apesar de serem espaços de confinamento também, elas conservam e armazenam. As coisas sem vida, claro. Veja, o problema das coisas conservadas é que elas estão ali, disponíveis. Você até esquece que as coisas estão ali, mas se você não mexeu, se ninguém mexeu, elas ainda permanecem. A ação do bolor e do pó pode nos dar alguma dica sobre o tempo já demasiadamente passado. E o que dizer sobre fungos e outros bichos mais, daqueles escrotos, indesejáveis, que da coisa sem vida esquecida, criam vida ali?

Não sei. Me veio à cabeça a imagem de ruínas, sabe? Sei lá. Algo de belo, algo de triste, no caso das ruínas. No caso das gavetas, somente ocupação de espaço além do necessário. 
Coloquei de volta na gaveta no automático. Falta atitude para se livras das coisas, né? Eu sei. É ridículo uma mulher desse tamanho com medo do que tem dentro do armário.

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Cruzei com ela na cervejaria, por acaso. Falou coisas interessantes, percebi afinidade, retomei a idéia de que poderia me apaixonar por ela. Ela me perguntou, sobre o passado: "Passou, né?". 
Titubeei e disse que sim. Mas entendi que uma hora ou outra passaria.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Mulher, à beira de um ataque de nervos, e absurdos do cotidiano

Seguem alguns causos elencados aleatoriamente pela memória para breve reflexão:

Causo #1


Chefe dizendo que estava em balada com sua namorada. Constrangida com uma passada de mão em sua bunda, quis ir embora. Disse que ficou "COM CIÚMES" e que, como o rapaz estava cercado de amigos, esperou que estivesse sozinho para atropelá-lo com o carro na saída da balada. Na mesma conversa, dizendo-se freqüentador assíduo há anos de carnaval de trios elétricos em Salvador, conta que as mulheres usavam dois shorts, um por cima do outro, pois os homens tinham o costume de "enfiar o dedo" e as mais "desavisadas", conseqüentemente, se davam mal.

Causo #2

Boy dizendo que "as mulheres nunca faziam nada direito", se referindo às bandas de rock femininas.

Causo #3

Pai dizendo que eu deveria me acostumar quando, com aprox. 11 anos, disse estar incomodada quando homens mexiam comigo na rua. Disse me sentir um pedaço de carne ambulante, muito medo e muito ódio. Vontade de encher de porrada. Vontade de me vestir de preto, de freak, de homem - qualquer coisa que intimidasse e/ ou assustasse, ao invés de apetecer.

Causo #4

Amigo segurando o copo da namorada e dizendo "já chega para ela por hoje".

Causos #5

Padrasto dizendo para mãe não cortar o cabelo. Padrasto e amigo dizendo para eu não cortar o cabelo, pois gostava dele comprido, deixava "feminina".

Causo #6

Amigo / boy do cursinho gritando comigo porque minhas unhas estavam mal pintadas, demonstrando nojo e reprovação, pois eu parecia que "nem sabia ser mulher".

Causo #7

Estacionamento do Ibirapuera vazio, pela tarde, eu andando. Motoqueiro passa assobiando. Resposta automática no dedo médio, seguindo andando. Motoqueiro retorna, dirige devagar e me acompanha, olhando fixamente. Passa um carro com uma mulher dentro, observa a situação e diz "é foda, né?", mas não fica por perto. O dedo do meio já está baixo e o medo substitui boa parte da raiva. Ninguém mais passa e o motoqueiro contorna novamente e me acompanha. O capacete não ajuda. Apenas sigo, ou tento. Quando chego próximo ao auditório, ele estaciona à minha direita e paro para gritar muito com ele. Faço um discurso, sem nenhum ensaio e vomito coisas como "qual é o seu problema?", "o que é que você quer?", "quem você pensa que você é?", "não sou pedaço de carne exposto em açougue pra ser tratada dessa maneira" e, o mais bonito "se fosse a sua mãe ou a sua irmã andando na rua, você tinha respeito!". Ouço desculpas (!) e o cara segue. Encontro dois amigos e começo a chorar.

Causo #8

Ex-amigo me chamando de promíscua.

Causos #9

Carona na Raposo Tavares com advogado, idoso, ex proprietário de empresa, classe alta falida. Mão na perna e historinha de quem quer saber o que uma menina como eu faria com um homem da idade dele. "Para esse carro agora", "eu quero descer, para no acostamento". "Eu não te dei essa liberdade" e outros vômitos mais. Chefe abafando o caso no dia seguinte, fazendo piada, pois se tratava de amigo de longa data, talvez preocupado com minha reação. Eu dizendo que "assédio sexual era um assunto muito sério", muito chocada com seu posicionamento medíocre. Outros comportamentos medíocres se evidenciaram.

Causo #10

Passada de mão inconfundível no quesito intencionalidade no meio do bate-cabeça em show de banda punk autodenominada antifascista.

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Eu não queria que fossem casos de assédio, na maioria. Me dá nos nervos e no saco. Especialmente quando me dizem que eu tenho que me acostumar ou falam com normalidade perante coisas absurdas que são costumeiras. Queria entrar na subjetividade da coisa e falar, racional e tranquilamente, que o problema começa na educação. Que se trata de problema cultural, envolvendo a separação de homens e mulheres em seus condicionamentos "biológicos" a papéis masculinos e femininos, que geram muitos problemas sociais e individuais por conta das combinações possíveis entre identidade, gênero e sexo. E que uma parte é orientação e outra é o que não se escolhe; é o que se sente. Se reluta ou se assume, pois na ordem das escolhas está o racional e a ação. Quanto ao sentimento e ao sentido, cabe (auto) aceitação e respeito.

Queria pontuar a remanescência da tal coisa determinista, apesar de ter sido matéria e debate teórico do século XIX. Aí disseram que a mulher, por ter a possibilidade física (se não tiver nenhum problema de saúde, claro) de parir, tinha nisso aí a sua razão de existência. Wow. Pesado: função de servir de invólucro à perpetuação do DNA, o indispensável depósito do esperma. Éfe de xis de qualquer coisa e você não é o dono da equação. A máquina de xérox, que espalha mini-cópias versionadas, sem autenticação. Mas tem gente que se anima com essa idéia de tentar se projetar novamente no mundo. Muitos nomes e sobrenomes intencionados por aí.

Aí inventaram que, no passado tão-tão distante, o homem caçava e a mulher ficava na caverna (quê? de onde vem isso?). E disseram que a mulher deveria ficar em casa, que o mesmo homem proveria dinheiro e comida. E o arranjo todo é de dependência e limitação das faculdades, exigindo proteção da vida de uma parte mediante a agressividade natural do masculino, ainda que na pegada de divisão do trabalho a intenção seja boa de partilha de funções. E ela nunca tem a mesma capacidade do que ele, a não ser que seja coisa de mulher. E o pai nem desenvolve o cuidado, porque é coisa da mãe. E a mãe, frustrada, que se casa arranjada, obrigada ou por falta de possibilidade de ver ou querer coisas para si, também não desenvolve o cuidado, especialmente se vive no meio de ódio e já é fruto de violência. Ou cuida, mas só porque segue o protocolo cristão. E muita gente segue o protocolo. Ninguém ama, porque o amor é coisa dos iguais. E os filhos nascem, muitas vezes sem amor, sem vontade, sem prazer, sem intenção de ser. Mas se cumpre o protocolo e a função social.

Na minha cabeça tudo se mistura... o porquê eu não quis ser mulher, o porquê eu não quis ser mãe. O porquê eu não quis ser hétera. Porque eu ainda odeio rosa e todo o processo de idiotização que o "feminino" envolve. E o que é fofo, de repente é babaca, manjado, falso, mero protocolo automático, porque me coloca num lugar e num papel que eu não quero - nem para mim nem para você. Eu não quero papel, não quero ensaio, não quero espetáculo, nem platéia. Quero o freestyle das idéias e o "topo" do desbravamento curioso. Quero o "duvido" e o "por que não?". E o "porque sim" também. O "tamo junto" e o "é nóis".

É muito complicado. Falam de misandria e vou dizer que tem seu ponto. Aversão! Eu guardei muita violência, o que não justifica sua manifestação nesses termos, apesar de ser compreensível. Mas dá um nó na cabeça, aquela parte do que você sente. Não que eu quisesse sentir. O fato de eu não querer é inclusive boa parte do problema. E a gente sente muito e manifesta pouco e precisamos mesmo falar sobre isso. Como quebrar o maldito ciclo sem me quebrar e sem te quebrar?

Pessoalmente, queria desaprender e espalhar o desaprendizado. O reino das possibilidades; a tendência para a amplitude, e não para a restrição, pro confinamento. A capacitação do ser que se ambiciona melhor, que ousa a construção da igualdade plena mediante a desconstrução da desigualdade dada. O olhar que se enxerga e se esforça em se projetar no outro.

Não sentir ameaça de propriedade, do que é seu e só você pode usar ou permitir que outro use - o que é seu, afinal?  Mas empatia às dores, às violações, às castrações, aos condicionamentos. O querer para si precisava ser mais metafórico. Acho que gostaria mesmo que a carne fosse vida, e não tara. Que o corpo fosse menos tabu e mais totem, de repente. Que pudéssemos ser, por inteiro, e não pela metade. Que, mais completos, pudéssemos acrescentar mais aos outros ou ajudar na retirada de pesos desnecessários. Estabilizar ou equilibrar nossa penca balança.

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Não foi breve, mas tudo bem, o tempo vale. Por menos memória, menos espelhos e mais horizontes.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

I try so hard to express myself

...but the woman in me don't fade away.

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Pensando aqui. Pode ser assustador lidar com a exposição. E, para mim, é mesmo. Difícil lidar com a própria imagem e sua conseqüente destruição. Egotrip. Mas entendi que isso é processo necessário de reforma, reconstrução. É nossa constituição biológica a ser aceita. O tempo passa e deteriora. E lidar com a história e com o futuro é um desafio da humanidade, enquanto coletivo, inclusive.

O medo de não saber, o medo de não dar certo. Isso já não me assusta mais e cada um tem sua fórmula secreta para lidar com as incertezas e a dose de mistério do mundo. A gente só é o que pode ser, ela me disse - e eu ouvi. Aprendi algo sobre (mais) capacidade e (menos) controle.

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My mamma say baby be careful
If anybody comes to say I love you
My papa say baby I warn you
If anybody comes to say I love you

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Nada nada é meu. Nem o pensamento.

Aí que as coisas ficam desse jeito... lembranças fora do lugar, medo de retomar qualquer coisa ou uma coisa qualquer, uma demonstração desconsertante, uma provocação abafada, esbarrões daqueles que costumávamos fazer sem querer e de propósito também, frases usando a praga do "quase" e o contato por inteiro. 

Respiro fundo. 

Desabafo com os amigos, que me fazem refletir sobre as minhas obscenidades... como se gostasse de colecionar mini-dramas à toa e fazer metáforas com qualquer folha que cai perto de mim. Como se desse importância demais às coisas pequenas. E aí as estatísticas me assombram (ai as estatísticas), mais de 11 bilhões de pessoas só em São Paulo e o mundo sempre faz seus arranjos de esbarrões e coincidências.

"... mas cheguei à conclusão de que eu não posso acreditar mais na aleatoriedade (no caso me refiro às tantas vezes que nos cruzamos por acaso) do que nas coisas propositais. Eu sei que nem tudo é premeditado, mas as coisas certamente não são despropositadas."

Sem querer, a coisa já veio ao pensamento retomado pela memória. E aquela velha canção fica (me) tocando. E eu não sei o que fazer com isso. E esse papo de fé, a coisa toda da ordem dos eventos. Como faz a cabeça rodar! Me assolam o devir e o dever; como devo me posicionar perante os eventos do mundo? E perante as pessoas?

Pois bem, nada disso importa, pois vou voltar a ver estrelas em nova companhia. E volto para lá tendo me dedicado a me pensar no que eu quero, como me foi proposto (talvez de forma menos disciplinada do que deveria ter sido). Todas as velas foram queimadas, mas sinto que faltam definições, apesar das resoluções e revoluções internas todas. 

E vou prestar atenção sobre viver e se manter no presente, como ele me disse. A nota dele não dói meus ouvidos e sinto coisas boas. Mas a metáfora da pimenta, a idéia antiga e adolescente do "only happy when it rains", a insatisfação e o desejo que nos movem... tudo isso ainda me atormenta, por se tratar de coisas assim, imprevisíveis e aparentemente incontroláveis, de todos os lados e de todos os ângulos.




Eu que não fumo, queria um cigarro...

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Assumindo riscos e a tal da fé

[Ai, vida. Por que tantas metáforas?]

Como sempre, as charadas naturalmente saem da minha boca, ainda que sem intenção de serem. Disse pra eles algo sobre às vezes não termos o cadeado quando precisamos, às vezes até temos o cadeado, inclusive a corrente, mas ficou faltando a chave. Várias combinações desfavoráveis possíveis e muito mais plausíveis aí. Ele me disse (e eu escutei) a bobagem-nem-tão-bobagem-assim do Valar Morghulis, Valar Dohaeris.


As amarrações, os destravamentos e as passagens. Às vezes livres, às vezes não. Com o tempo, vamos conseguir o que queremos, exatamente da forma que queremos. Perto, acessível, prazeroso, tranquilo, instigante e desafiador. Like a dream coming true, se você quer ser piegas e mostrar que até o lado Disney tem seu encanto. Porque se não for pra ser por inteiro e de verdade, eu nem quero que seja - e nem você deveria querer.

The thing is... você vai precisar mudar. E se planejar direitinho. E tomar muito cuidado para não acabar abrindo mão das coisas importantes. No entanto, saber o que é importante e inegociável demanda muita análise crítica. E bolas. Saber o que você precisa, por outro lado, é apenas uma questão de disciplina do exercício da sua capacidade de projetar idéias no mundo. Comece a tornar tudo verdadeiro desdjah.




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"Eu não vou te mandar pro inferno
Porque eu não quero
E porque fica muito longe daqui"

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

How much love you're gonna make



Ignorance is bliss when you're young enough to kiss and there is no need for pardons with the young. You know I've always felt old.

Be careful. With yourself and others. The desire for no hard feelings might trick you.
Watch the time. The permanence into the present might stuck you.
Sober up. They say that the absense makes the heart go fonder.
Sceptcism and Faith. Imagination and realization. Moving on is easy, but is it posible to dream on?
I wonder - and it is wonderfull. Great time for planning. 

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So over being daddy. Can't stop advising, though.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Se sienta a la mesa y escribe


Vaidade minha, confesso. Me importo e queria que ficasse bom. Tenho escondido aqueles versos como se o tempo por si só os fossem melhorar. Estão ruins e me falta habilidade na linguagem. Há algo que a prática deveria melhorar (mas eu ainda não a tenho), que o desejo deveria impulsionar e inspirar. Me incomoda realmente aquela parte fraudulenta que vez ou outra quer tomar espaço.

«con este poema no tomarás el poder» dice
«con estos versos no harás la Revolución» dice
«ni con miles de versos harás la Revolución» dice

Você me faz pensar que merece o requinte que não tenho ferramentas pra te proporcionar. O contrário curiosamente me parece verdadeiro e vejo encanto recíproco. Acho que talvez possamos mais e melhor juntos. Mas não abafe nem espalhe; sejamos precisos. Para que eu não morra afogada por você e nem você por mim - até que nem tanto esotérico assim. 


Porqué esperar para cambiar
de murga y de compás

[...pretentious shit]